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Fotografia

Eternal 7_RosaEsteves.jpg

Eternal, 1974/2020

Fotografia captação digital e desenhos a tinta a pena

Eu coleciono fotografias. Ou melhor, eu fotografo as imagens que coleciono. Não são apenas registros dos lugares por onde passo, talvez nasçam deles, mas é algo que vai além. Ao me deparar com a cena, antes mesmo da preocupação com o seu registro, já existe naquele instante uma história. Depois, pelo visor da máquina fotográfica, minha extensão corpórea,  seleciono um fragmento da realidade que, congelado, se eterniza.

 

Existe um discurso, mesmo que no momento ele seja somente uma sensação. Com o tempo essas fotografias foram se diversificando. No início eram poucas e limitadas aos filmes e a quantidade de poses que tinham. Eu revelava e ampliava, e muitas vezes me satisfazia somente com o contato das imagens que havia coletado. Num segundo momento, comecei a me preocupar com a sua preservação e organização. Comecei a fazer várias anotações sobre a data e local da captação e informações sobre a asa e o revelador utilizados. Isso começou em 1974 e persiste até hoje. Desde 2007, com a tecnologia digital, a coleção aumentou bastante abrigando vários temas ou histórias, que dialogam com outros meios de expressão.

 

A minha intenção com estas imagens "não é reproduzir o visível, mas tornar visível alguma coisa do mundo, alguma coisa que não é, necessariamente, da ordem do visível." *

* ROUILLÉ, André. A Fotografia – entre documento e arte contemporânea, São Paulo: Editora SENAC; 2009.

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